Propomos que quem queira vender energia para carregamento de veículos elétricos possa utilizar uma infra-estrutura própria para o fazer, nomeadamente os sistemas de autenticação, carregamento e pagamentos, sem ter que cumprir com a atual integração obrigatória à Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica (EGME). Uma empresa que queira fornecer estes carregamentos fora da rede pública terá que se certificar como Comercializador de Energia para a Mobilidade Eléctrica (CEME), e cumprir todas as obrigações técnicas de quem opera um posto de carregamento (OPC), de forma a participar num mercado de soluções de carregamento verdadeiramente competitivo.

Propomos que quem queira vender energia para carregamento de veículos elétricos, depois de se certificar como Comercializador de Energia para a Mobilidade Elétrica (CEME), possa utilizar energia de qualquer Ponto de Entrega, novo ou existente, bem como produzir energia localmente ou comprar energia da forma que melhor entenda no mercado grossista, e vendê-la a qualquer Utilizador de Veículo Eléctrico, sem a obrigatoriedade de a comprar a um Comercializador do Sector Energético (CSE), mas comunicando de qualquer forma toda a energia vendida ao regulador.

Propomos uma redefinição clara da classificação dos espaços que têm postos e suas obrigações não apenas de acordo com a sua localização, mas sobretudo de acordo com a sua finalidade: locais na via pública, com obrigatoriedade de acesso universal, locais em espaço privado (condomínios ou parques fechados de empresas - não o atual "acesso privado") com utilização privada sem vertente comercial ou, caso o proprietário do espaço o pretenda, operação comercial respeitando as mesmas regras dos restantes locais de utilização comercial, e restantes locais, em que o promotor pode optar por oferecer acesso universal ou restritivo a esses postos.